Na idade média existiam peregrinos de todos os extractos sociais, desde a monarquia até ao povo, oriundos de toda a Europa. Ao longo do Caminho, devido ao numero crescente de peregrinos, vão surgindo infraestruturas de apoio onde o peregrino pode descansar, onde pode alimentar o corpo e até recuperar das mazelas até estarem preparados para regressar ao Caminho, com todas as condições existentes na época.
Devido a estas facilidades dadas aos peregrinos começaram a surgir os falsos peregrinos. Pessoas ( regra geral mendigos ) que se faziam passar por peregrinos para obter comida, alojamento com facilidade e até esmolas dadas aos peregrinos mais desfavorecidos.
Desde o século XII que esta prática é documentada de pessoas que se aproveitam da tradicional assistência aos peregrinos para seu proveito.
Também existiam falsos peregrinos mais perigosos, criminosos que se faziam passar por peregrinos com o intuito de matar e assaltar os verdadeiros peregrinos.
Numa tentativa de acabar com a proliferação de falsos peregrinos, o rei Filipe II de Espanha, decretou em 1590 que só os verdadeiros peregrinos podiam andar com o traje característico de peregrino e que teriam que ter na sua posse uma credencial obtida no local de onde iniciou a sua peregrinação e que o legitimava como peregrino. Em alternativa podia solicitar às entidades Espanholas uma licença de peregrino.
E assim foi criada a credencial de peregrino que ainda hoje é utilizada.
Fonte: https://albertosolana.wordpress.com/